Maria Rosa - "Um Pequeno Recorte"

"Quando eu venho do meu reinado,

eu trago rosas vermelhas...

Prá dar a todos os machos.

Eu sou mulher verdadeira."

Não poderia deixar de falar desta pombo-gira. Muito embora historicamente o culto aos Exus na Jurema Sagrada não exista, hoje em dia alguns Juremeiros invocam esses eguns nos seus trabalhos. Em algumas casas dar-se o nome de "Jurema Traçada", mas a foto ao lado não foi necessariamente de uma Jurema, mas sim da festa de Exu/Pombo-Gira no Templo Espirita Yemanja Sabá, no bairro de Mandacarú em João Pessoa.

Rosa Maria por seu nome de batismo porém conhecida na Umbanda como Maria Rosa. Trabalha na linha da Jurema como uma mestra e na linha de pombo-gira, porém prefere ser chamada carinhosamente de "Moça". Em outra oportunidade tivemos o prazer de escutar sua história, entre outros fatos importantes Maria Rosa nos presentiou com uma belissima aula sobre "doutrinação espiritual", "Em sua vida foi dona de vários cabarés em aldeias onde atualmente está o território da Europa Ocidental, na ocasião era filha de uma plebeu que foi paixão do seu senhor, mas devido sua cor, Maria Rosa foi abandonada por sua mãe a mandado do seu Senhor, passado décados, esse senhor reencontrou sua filha em um dos cabarés, onde pediu que sua filha deixasse a vida, mas já consciente de sua sina Rosa Maria rejeita os mandatos de seu pai e novamente parte para outra localidade onde fundará mais sete cabarés, em um deles assume Paulina como sua criada e não como prostituta, assim como Maria Mulambo que possuia a mesma linhagem de Rosa Maria, porém de outra região e de outros pais.

Rosa Maria foi morta ainda em sua juventude, por uma prostituta que sentia inveja de suas propriedades e de sua vida, ela á apunhalou pelas costas na porta de um do seus cabarés, na noite em que aceitaria proposta de dormir com sete homens."

Bom, dedico esse post a essa nossa madrinha tão especial. Mais adiante pretendemos deixar aqui toda historia relatada por Maria Rosa.

No mais, deixo aqui minhas BOAS-VINDAS a todos.

Axé!